" O respeito à diversidade cultural do Brasil e as políticas de Estado para agregar as diferenças da sociedade brasileira, como a educação inclusiva, podem aumentar a qualidade do ensino no País. “Nós perdemos muito com a supremacia do conhecimento erudito, pois a cultura popular encontrada na vivência das minorias é, muitas vezes, mais útil e rica”, disse o secretário especial de Direitos Humanos, Perly Cipriano, durante a mesa-redonda A Educação em Direitos Humanos numa Perspectiva de Estado. A discussão fez parte do seminário Diferentes Diferenças, promovido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC).
Cipriano apresentou uma perspectiva histórica do uso das diferenças como justificativa para a opressão das minorias. “Os índios e os negros foram colonizados sob a justificativa de que eram primitivos se comparados ao povo europeu. Entretanto, eles respeitavam suas mulheres”, destacou. Cipriano ressaltou, também, a necessidade do reconhecimento das diferenças para que exista uma contribuição educacional das diversas camadas da sociedade.
Ana Maria Roudino, presidente do Instituto Interamericano de Direitos Humanos, destacou a educação como um mecanismo preventivo às violações dos direitos humanos. “O indivíduo que teve acesso à educação tem mais condições de reconhecer seus direitos e os direitos alheios”, afirmou. Ana Maria ressaltou o desafio futuro de se construir sociedades onde a dignidade humana não seja atropelada.
O titular da Secad, Ricardo Henriques, explicitou as dificuldades encontradas para integrar a diversidade na educação. “Não se trata de colocar os direitos humanos como uma matéria a mais no currículo escolar e, sim, de promover uma radical mudança cultural”, explicou.
Desafio
O desafio, segundo Henriques, é preparar a sociedade para a integração das minorias. “Não basta que a polícia estabeleça uma norma que impeça a agressão injustificada de um negro morador da favela, mas que ele deixe de ser considerado suspeito simplesmente por ser negro e pobre. Assim é também com a educação”, afirmou.
Apresentaram suas palestras também Maurício Kuehne, do Departamento de Penitenciárias do Ministério da Justiça (Depen/MJ), Ricardo Balestreri, representante da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), e Lúcia Guerra, presidente do Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas.''
Fonte: Portal MEC
COMENTÁRIO DO TEXTO:
por: Rodrigo Coelho
Como complemento a este texto publicado no Portal do MEC(Ministério da Educação e da Cultura),gostaria de comentar que toda diversidade cultural existente em nosso país pode ser de grande relevância quando a tratamos como qualidade de educação e a unimos com as políticas públicas, pois assim acredito que tornamos a educação mais acessível e inclusiva. Assim, a percepção de que e como vamos ensinar, torna-se de real importância para que o indivíduo acesse a informação. Com tudo o ensino aliado a realidade cultural do indivíduo pode muitas vezes ser mais útil e rica.
Esta nova proposta de ensino que surge neste cenário, pode ser o fator determinante para a formação de um cidadão pleno(consciente) em nossa sociedade.
Somado a este novo ideal, teremos como resultado um cidadão atuante no que diz respeito ao conhecimento dos seus direitos e deveres e também nos alheios, não permitindo que este seja ferido.
Portanto o grande desafio que esta sendo proposto a todos os profissionais da educação e também a todos que nela vêem um meio de mudança do quadro social e político no qual estamos fadados, é fazer com que esta seja feita de forma que estabeleça uma consciência e percepção da realidade que está a sua volta.
Seria muito bom mesmo que os cidadãos fossem mais conscientes de seus direitos e deveres! bjs
ResponderExcluir